Os processos comunicacionais são capazes de potencializar e melhorar o posicionamento de uma organização diante de seus públicos de interesse, os chamados stakeholders. Neste sentido, a audiência há muito tempo deixou de ser passiva e vem se tornando cada vez mais ativa e complexa, exigindo que o marketing se adapte para gerar os resultados esperados. A comunicação linear, baseada em um emissor e um receptor da mensagem, já se tornou obsoleta, dando espaço para um relacionamento mútuo que demanda conhecimento do público, planejamento e técnica para alcançar todos os segmentos de maneira eficaz.
Uma empresa que comunica com qualidade é capaz de se posicionar melhor em nível interno, mercadológico e institucional. Mas, para isso não basta redigir um texto e adaptá-lo para os diferentes canais. A jornalista Thais R. Croitor, diretora da Sustentar Comunicação Estratégica, agência de comunicação estratégia, explica que “integrar a comunicação trata-se de planejar cada ação a ser desenvolvida, com o objetivo de fortalecer o discurso da marca”. Para a comunicadora, conhecer e utilizar dessas técnicas para cada negócio é essencial para o sucesso de planejamento para uma empresa.
A comunicação integrada é composta por diferentes frentes de trabalho, como assessoria de imprensa, relações públicas, marketing e comunicação interna. Sendo assim, é necessário que cada uma delas seja bem desenvolvida para que a organização se posicione melhor e obtenha resultados junto aos seus públicos de interesse.
Isso acontece porque para cada público é necessário falar de uma forma e por um canal específico. Por exemplo, se uma empresa passa por uma fusão e o funcionário é informado por meio da imprensa, ele se sentirá excluído do processo de decisão, podendo desmotivá-lo. Conforme aponta uma pesquisa realizada pela revista britânica The Economist, falhas no diálogo interno causam problemas na produtividade e saúde dos colaboradores. De acordo com o levantamento, 52% dos entrevistados afirmaram que a questão contribui para o estresse e 44% pontuaram impacto ou falta de conclusão de projetos.
Em relação à realização desse mecanismo, Croitor pontua os principais motivos para adotá-lo. “O mercado muda a cada dia, mas a imagem da empresa, sua missão, visão e valores permanecem. A comunicação integrada tem o poder de construir ou reforçar o posicionamento sólido da marca, diminuir chances de crises internas, prevenir boatos e falsas informações dentro e fora da empresa e, ainda, melhorar o relacionamento com os stakeholders, por isso a importância de considerá-lo a cada projeto”.
Assim, a instituição precisa estar disposta a se abrir para uma troca com colaboradores, consumidores, fornecedores e demais grupos de interesse, criando valor dentro dessas relações de forma estratégica. “O melhor jeito de se posicionar como empresa para seus públicos é inspirá-los e estar disposto ao relacionamento e comunicação transparentes, eficazes e empáticos com os grupos através de cada canal, valorizando-os e estando atento às suas necessidades”, finaliza Thais.
Fonte: R7